Mais um dia de luta, pedindo ajuda e roubando bijuterias de velhinhas pelas ruas movimentadas de uma cidade grande, vivendo humilhações constantes , esperando por um milagre, algo que me faça desistir das ideias suicidadas, que me motive a continuar, esperança que parece cada vez mais distante a medida que o tempo passa e chegue o fim da minha adolescência sofrida e esmagada pela pobreza.
Começava a escurecer naquele dia intenso, estava exausto e resolvo voltar para o beco onde ficavam os panos velhos que eu usava como cobertor, do outro lado da rua (do beco) tinha uma avenida movimentada com uma mata fechada ao lado onde costumava a pegar frutas. Caminho tranquilamente ate o meu “canto” (uma caminhada ate longa) viro a esquina em direção a entrada do beco e percebo saindo dali uma pessoa, parecia um homem, ele saiu de costas para mim e alem de estar um pouco escuro não deu para ver direito, ele caminhava lentamente sem perceber que eu estava o observando ate que ele virou a cabeça vagarosamente, eu não consegui ver a sua face completa, mas o bastante para dizer que ele tinha uma expressão indescritível que me deu certo arrepio, um medo (uma emoção que eu já não sentia há muito tempo, na verdade eu não sentia mais emoção nenhuma a não ser raiva e auto-desprezo) então ele virou a esquina e sumiu do meu ponto de vista.
Depois disso fui em direção a meus panos, revirei para ver se aquele cara tinha pegado alguma coisa, mas na verdade tinha cinco moedas a mais, por um segundo refleti se aquele cara tinha haver com aquele fato, não pensei muito e então como de costume depois de um longo dia pedindo esmola fui dormir por baixo daqueles panos furados pensando sempre se ainda valia a pena viver.
Deitado em uma posição meio desconfortável que não deixava dormir com tranqüilidade, acordava de um em um segundo para tentar chegar o mais próximo do conforto, vencido pela incomodidade acabei dormindo aos poucos... foi aprofundando...tornou-se um sono intenso...o que esta acontecendo?...está chovendo?...que cheiro é esse?...cheiro forte...cheiro de gasolina! Acordei repentinamente e olhei para cima, a cena congelou, um homem escondido pela escuridão jogava combustível inflamável em meu corpo e na outra mão havia um objeto muito parecido com um machado, ele então percebeu que eu tinha acordado então ergueu o “machado” lentamente e o declinou rapidamente em direção ao meu tronco, com um ato de puro reflexo que eu nem sabia que tinha, desviei do golpe ainda deitado depois levantei e comecei a correr em direção a rodovia, corria sem desviar a atenção, corria muito, atravessei a avenida sem se quer prestar atenção nos veículos que passavam em alta velocidade, cheguei ate a mata que havia uma quantidade excessiva de arvores, não agüentava mais correr, os meus pulmões estavam totalmente enfraquecidos (confesso que já tinha fumado bastante, mas tira parado com o vicio) escondi atrás de uma das arvores, tentava conter a minha respiração estrondosa ate que fui surpreendido por barulhos de paços que ficavam cada vês mais alto e se aproximava bem atrás de mim, colei o dorso na arvore mais próxima mas os passos continuavam a aproximar agora estava bem perto, não contive o ultimo suspiro, o suspiro que prendeu a atenção do psicopata na área, tanto eu quanto ele sabiam que ambos estavam ali.
Podia escutar seus passos caminhando lentamente em movimento circular, estava completamente apavorado, suava frio, o medo me prendia na arvore, eu prendia a respiração (uma tentativa desesperada para conter a tremedeira) ate que meu pé esquerdo desliza lentamente na grossa raiz da grande arvore que me escondia esse acaso fez com que este pé caísse bem encima de um galho seco fazendo o “trac” necessário para revelar a minha posição e acabar com meu esconderijo.
Sinto que na mesma hora ele se aproximando,dando o primeiro passo em minha direção (a tensão toma conta de todo o meu corpo, minha audição abafa completamente de um modo que eu consiga apenas ouvir minhas aceleradas batidas cardíacas) ele da o segundo passo (o meu sangue sobe para a cabeça, não sinto o meu corpo e parece muito que vou desmaiar) e então da o terceiro passo que deixa o assassino bem atrás de mim, do outro lado da arvore, pronto para me atacar de surpresa (neste momento começo a refletir: “porque estou com medo? Qual o problema se eu morresse aqui agora mesmo? E se eu morresse queimado no beco? Qual a diferença? Talvez eu ate iria para um lugar melhor? Não tenho nada a perder”) saio de trás da arvore, fico cara a cara com o inimigo, não fui intimidado por seu machado, ele tenta me acertar de novo, mas antes que ele consiga erguer o machado eu lhe dou um murro lateral com toda a minha força descarregando toda a raiva que eu sentia na face daquele homem, dou outro soco em um intervalo de um segundo, nesse ele despenca no solo úmido e terroso, ele ficou inconsciente, continuava a desferir murro, a adrenalina não me deixava parar, cada soco eu dava chorando de raiva, raiva do assassino, raiva da vida, eu chorava e dava pancada, a sangue da minha mão se confundia com o sangue de sua cara, “você queria me queimar dormindo, seu desgraçado!” repetia muitas vezes.
Não estava satisfeito, então peguei o machado que ele havia deixado cair e comecei a usar contra o seu peito, o sangue derramava e espirrava na minha cara, parte dos seus órgãos estava saindo junto ao sangue, o meu semblante mudou, eu começava a rir, eu ria em ritmo crescente, gritava de felicidade enquanto abria o seu tronco. Canso de estripar o corpo então deito ali mesmo com um sorriso estampado no rosto olhando pra o céu, começo a ficar serio novamente e reflito que apesar de tudo, o que eu fiz não foi certo então entro em desespero, levanto e começo a correr para fora da floresta, passo pela rodovia, ouço um som alto da buzina, não dava mais tempo, o carro me atropelou e me jogou em uma certa altura que quando cai perdi todos os sentido, apaguei.
Depois de um tempo acordei numa manha em uma cama de hospital, muito quebrado,dor por todo o corpo, sentia algo incomodando meus pulsos, não conseguia ver direito, o reflexo das algemas ofuscavam minha visão.
Começava a escurecer naquele dia intenso, estava exausto e resolvo voltar para o beco onde ficavam os panos velhos que eu usava como cobertor, do outro lado da rua (do beco) tinha uma avenida movimentada com uma mata fechada ao lado onde costumava a pegar frutas. Caminho tranquilamente ate o meu “canto” (uma caminhada ate longa) viro a esquina em direção a entrada do beco e percebo saindo dali uma pessoa, parecia um homem, ele saiu de costas para mim e alem de estar um pouco escuro não deu para ver direito, ele caminhava lentamente sem perceber que eu estava o observando ate que ele virou a cabeça vagarosamente, eu não consegui ver a sua face completa, mas o bastante para dizer que ele tinha uma expressão indescritível que me deu certo arrepio, um medo (uma emoção que eu já não sentia há muito tempo, na verdade eu não sentia mais emoção nenhuma a não ser raiva e auto-desprezo) então ele virou a esquina e sumiu do meu ponto de vista.
Depois disso fui em direção a meus panos, revirei para ver se aquele cara tinha pegado alguma coisa, mas na verdade tinha cinco moedas a mais, por um segundo refleti se aquele cara tinha haver com aquele fato, não pensei muito e então como de costume depois de um longo dia pedindo esmola fui dormir por baixo daqueles panos furados pensando sempre se ainda valia a pena viver.
Deitado em uma posição meio desconfortável que não deixava dormir com tranqüilidade, acordava de um em um segundo para tentar chegar o mais próximo do conforto, vencido pela incomodidade acabei dormindo aos poucos... foi aprofundando...tornou-se um sono intenso...o que esta acontecendo?...está chovendo?...que cheiro é esse?...cheiro forte...cheiro de gasolina! Acordei repentinamente e olhei para cima, a cena congelou, um homem escondido pela escuridão jogava combustível inflamável em meu corpo e na outra mão havia um objeto muito parecido com um machado, ele então percebeu que eu tinha acordado então ergueu o “machado” lentamente e o declinou rapidamente em direção ao meu tronco, com um ato de puro reflexo que eu nem sabia que tinha, desviei do golpe ainda deitado depois levantei e comecei a correr em direção a rodovia, corria sem desviar a atenção, corria muito, atravessei a avenida sem se quer prestar atenção nos veículos que passavam em alta velocidade, cheguei ate a mata que havia uma quantidade excessiva de arvores, não agüentava mais correr, os meus pulmões estavam totalmente enfraquecidos (confesso que já tinha fumado bastante, mas tira parado com o vicio) escondi atrás de uma das arvores, tentava conter a minha respiração estrondosa ate que fui surpreendido por barulhos de paços que ficavam cada vês mais alto e se aproximava bem atrás de mim, colei o dorso na arvore mais próxima mas os passos continuavam a aproximar agora estava bem perto, não contive o ultimo suspiro, o suspiro que prendeu a atenção do psicopata na área, tanto eu quanto ele sabiam que ambos estavam ali.
Podia escutar seus passos caminhando lentamente em movimento circular, estava completamente apavorado, suava frio, o medo me prendia na arvore, eu prendia a respiração (uma tentativa desesperada para conter a tremedeira) ate que meu pé esquerdo desliza lentamente na grossa raiz da grande arvore que me escondia esse acaso fez com que este pé caísse bem encima de um galho seco fazendo o “trac” necessário para revelar a minha posição e acabar com meu esconderijo.
Sinto que na mesma hora ele se aproximando,dando o primeiro passo em minha direção (a tensão toma conta de todo o meu corpo, minha audição abafa completamente de um modo que eu consiga apenas ouvir minhas aceleradas batidas cardíacas) ele da o segundo passo (o meu sangue sobe para a cabeça, não sinto o meu corpo e parece muito que vou desmaiar) e então da o terceiro passo que deixa o assassino bem atrás de mim, do outro lado da arvore, pronto para me atacar de surpresa (neste momento começo a refletir: “porque estou com medo? Qual o problema se eu morresse aqui agora mesmo? E se eu morresse queimado no beco? Qual a diferença? Talvez eu ate iria para um lugar melhor? Não tenho nada a perder”) saio de trás da arvore, fico cara a cara com o inimigo, não fui intimidado por seu machado, ele tenta me acertar de novo, mas antes que ele consiga erguer o machado eu lhe dou um murro lateral com toda a minha força descarregando toda a raiva que eu sentia na face daquele homem, dou outro soco em um intervalo de um segundo, nesse ele despenca no solo úmido e terroso, ele ficou inconsciente, continuava a desferir murro, a adrenalina não me deixava parar, cada soco eu dava chorando de raiva, raiva do assassino, raiva da vida, eu chorava e dava pancada, a sangue da minha mão se confundia com o sangue de sua cara, “você queria me queimar dormindo, seu desgraçado!” repetia muitas vezes.
Não estava satisfeito, então peguei o machado que ele havia deixado cair e comecei a usar contra o seu peito, o sangue derramava e espirrava na minha cara, parte dos seus órgãos estava saindo junto ao sangue, o meu semblante mudou, eu começava a rir, eu ria em ritmo crescente, gritava de felicidade enquanto abria o seu tronco. Canso de estripar o corpo então deito ali mesmo com um sorriso estampado no rosto olhando pra o céu, começo a ficar serio novamente e reflito que apesar de tudo, o que eu fiz não foi certo então entro em desespero, levanto e começo a correr para fora da floresta, passo pela rodovia, ouço um som alto da buzina, não dava mais tempo, o carro me atropelou e me jogou em uma certa altura que quando cai perdi todos os sentido, apaguei.
Depois de um tempo acordei numa manha em uma cama de hospital, muito quebrado,dor por todo o corpo, sentia algo incomodando meus pulsos, não conseguia ver direito, o reflexo das algemas ofuscavam minha visão.