Terra maldita

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    COnto de Terror - O Anjo

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    Duque das Trevas
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    Mensagem por Duque das Trevas Sex Jul 26, 2013 9:39 am

    Lorenzo acorda subitamente em seu quarto de madrugada, seus pés estão gelados e suas mãos trêmulas. Ele não sabia exatamente o motivo de estar daquele modo, certamente sabia que algo de ruim estava acontecendo. Ele se levantou  e foi acender a luz direto, no mesmo instante sua janela se abre com um leve rangido. O ar que já estava frio, agora, fazia com que Lorenzo tremesse todo o seu corpo, inclusive os pelos de seus braços e de suas costas se arrepiaram em um incômodo imenso.
     Lorenzo foi andando cobrindo seu peito com os braços já que tinha ido dormir aquela noite sem camisa assim como fazia em todas as noites. Fechou a janela, mas mesmo assim ainda sentia o frio e o arrepio que o seu quarto estranhamente proporcionava essa noite. Logo após ter fechado a janela Lorenzo sentiu um arrepio maior ainda quando, sem se ligar no momento, viu uma figura negra passar pelo canto de seu olho enquanto Lorenzo olhava para sua rua, a luz que estava acesa começou a piscar ficando mais fraca a cada clique. A luz apagou. Achando que a lâmpada apenas havia queimado Lorenzo voltou para sua cama e se cobriu com um lençol branco, mas ficou com muito medo quando manchas pretas apareciam em seu lençol e logo o deixaram o lençol preto. Ele imediatamente levanta de sua cama, o arrepio é tão intenso que quando ele se dá conta já estava em frente a sua porta forçando a maçaneta para fora.
    A maçaneta não se move. Lorenzo continua tentando até que de sua fechadura começaram a sair mariposas que subiam pelo seu corpo deixando o arrepio ainda mais intenso, quando as mariposas entraram em sua boca Lorenzo fica em um estado de choque, petrificado ele apenas move seu olho com a esperança de que achasse alguém ou algo em seu quarto. Ele estava certo, uma criatura o olhava de cima para baixo. Os traços delicados no rosto da criatura assustaram Lorenzo que, no momento, nada fazia. Suas asas negras e sangrando tocavam os braços de Lorenzo endurecidos no chão frio de seu quarto, seus olhos negros e vazios mantinham Lorenzo petrificado. Com sua mão direita, branca como uma vela, a criatura tocou o rosto do garoto e ficou repetindo uma frase em latim.
    Corpus tuum et animo mihi est...

    Lorenzo permanecia imóvel quando a frase foi dita novamente.

    Corpus tuum et animo mihi est...

    [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

    Bastou que a criatura repetisse a frase mais uma vez para que Lorenzo perdesse a consciência, era como se o sopro de vida fosse extraído de sua boca junto com as mariposas quando ele perdeu a consciência.  Lorenzo acorda ofegante ás 11h30min da manhã, estava aliviado de tudo aquilo ter sido um sonho. Pegou sua mochila, botou-a em suas costas e foi para a escola sem nem ao menos ter almoçado. Quando chegou seus amigos o encaravam com uma expressão horrorizada.

    - Lorenzo, o que houve com você? - Perguntou um de seus amigos- Parece que você levou um tapa na cara. Quem fez isso?

    Lorenzo que não se lembrava muito bem de sua noite passada sentiu um arrepio ao ver a imagem da criatura tocando seu rosto suavemente enquanto o encarava. Despediu-se de seus amigos e foi correndo até o banheiro, assustado, com uma velocidade quase surreal.Ao chegar no banheiro Lorenzo começou a ver mariposas saindo do ralo e voando ao seu redor como se fossem treinadas para aquilo, fechou seus olhos e abriu-os novamente. Nada das mariposas. Foi até o espelho atento e, para sua surpresa, quando olhou seu rosto viu que da marca da mão saia uma cicatriz vermelha que ia até o seu olho direito, se aproximou do espelho o suficiente para enxergar até as veias em seu olho e o espelho embaçar com sua respiração. Piscou os olhos constantemente até que viu um relevo no mesmo olho.

    -Que merda é essa?!-Lorenzo gritou tão alto que até quem estava tendo aula na sala à frente do banheiro escutou-.

    Tentou tocar pra ver o que era e quando tocou foi como se seu olho tivesse rasgado, uma mariposa pequena saiu por um corte no olho de Lorenzo que ela mesma havia provocado, em seguida outras mariposas saíram até que milhares de mariposas começaram a sair por todos os orifícios de seu corpo. Lorenzo, que era ateu, se ajoelhou e orou pedindo a Deus para que o livrasse daquele sofrimento, ao terminar a oração Lorenzo abriu seus olhos e tudo aquilo tinha passado, não existiam mais mariposas no banheiro, seu olho direito estava completamente normal.
     Lorenzo saiu da escola e foi diretamente para sua casa, pelo caminho ele via vultos passando, olhando para as pessoas via asas no lugar de seus braços, sentia o arrepiar de sua espinha por cada esquina e beco escuro em que passava. Ao chegar em casa viu a figura de sua mãe sendo enforcada pela criatura que estava de ponta cabeça com os pés no teto.
     Lorenzo fechou os olhos esperando que acordasse desse pesadelo, uma mariposa voou em sua frente pouco antes de Lorenzo fechar os olhos. Ele havia sido atendido. Lorenzo acordou em um quarto onde as paredes eram brancas e a cama também, uma porta de ferro separava Lorenzo do resto do hospital psiquiátrico, quando a equipe do hospital foi medica-lo ele reparou na prancheta do psiquiatra e ficou horrorizado quando viu seu nome e idade e embaixo escrito: Esquizofrenia. Os médicos e a polícia lhe perguntaram porquê ele havia matado sua própria mãe e Lorenzo negava tudo chorando.

    -Não! Eu não matei minha mãe!!!

    Lorenzo chorava enquanto disseram que ele também havia matado seus colegas de classe. Foi o suficiente para abalar Lorenzo, que, após ser medicado, se agachou e chorou com a cabeça encostada nos joelhos. Antes de adormecer Lorenzo viu no espelho a criatura com os braços envoltos em deu ombro e suas asas envolvendo o corpo de Lorenzo.
    A criatura levantou a cabeça e moveu o dedo indicador até a boca do rapaz.
    Shhh...

    Lorenzo ainda espera que, algum dia, acorde desse pesadelo...

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