Conto: Badaladas para a morte

Acordei pela manhã, normalmente me dirigi rapidamente ao banheiro e pus-me a escovar meus dentes... Senti uma sensação estranha... Como se algo que acontecera enquanto dormia me atormentava, deixei isso de lado e fui ao encontro de meu café da manhã... O relógio antigo de minha vó badalava 6 horas, era um som insuportável, más já me acostumara. Fazia uma semana que me mudei para a casa de minha vó, minha mãe enlouquecera por alguma coisa, eu também sentia uma sensação estranha enquanto estava perto de meus pais, o ar parecia pesado como se algo poderia acontecer a qualquer instante... Minha mãe agora se encontrava no hospício, vivia recebendo noticias de que ela escrevera versos estranhos e sempre estava pálida como se sangue lhe fosse retirado. Depois de lanchar me arrumei como de costume e fui para meu colégio, apesar de estadual o colégio era aclamado e tinha uma boa reputação pelo bairro, menos por alguns grupos de alunos baderneiros que viviam me perturbando por eu ser meio desleixado, eis que então sem querer enquanto ia para o colégio esbarrei-me com Lore que por minha sorte estava bebendo suco de latinha que acabou por encharcar sua roupa durante o esbarro. Ele o líder do grupo que me perturbava adorava me surrar de vez em quando sem nenhum motivo, mas dessa vez era algo sério eu sentia um forte arrepio quando ele me olhou com aqueles olhos escuros e penetrantes, não tive outra reação, logo que me dei conta já estava perdendo o folego... E ele com o corpo atlético perseguia calmamente atrás de mim como se quisesse me torturar antes de me espancar ali mesmo... Tentei correr o mais rápido para o colégio ele me seguia e cada vez chegava mais perto... Mais perto... Cheguei à portaria e rapidamente falei com o guarda que fez lore se afastar por um tempo, mesmo assim já tinha o destino traçado, logo que o sinal batesse e fosse a hora de voltar eu voltaria roxo, então finalmente chegara o momento ele parecia que iria fazer alguma coisa a mais do que apenas usar seus punhos, quando vi em sua mão um cano de ferro, ele brincava com ele enquanto me direcionava a um beco, eu não notara mas já eram 7 horas da tarde a noite já tocava a cidade de groville eis q então um som vindo detrás começa a tomar minha cabeça eu ouvia sussurros... E eles diziam claramente e badalavam na minha cabeça : REVIDE ... ELE NÃO PODERA NADA... REVIDE... Eu n conseguiria, me acovardei, então algo mais acontecera... Um vulto se mostrava pelo beco apavorante e escuro... Um vulto com apenas olhos vermelhos q deixavam um rastro...


Eles andavam lentamente para a direita e para a esquerda... Pareciam-me badaladas de um relógio... Um relógio... Rapidamente me deparei com a imagem do relógio da casa de minha vó que sempre me assustara por mais acostumado q eu estava



O vulto rapidamente se apoderava das costas de Lore ele então estava parado apenas olhando para mim... Seus olhos cheios de vida agora estavam pasmos... Estavam sem vida... Rapidamente o vulto vinha até mim... Cada vez mais perto... Mais perto até que...
eu não me lembro de mais nada... Apenas que toda vez que aquele maldito relógio badalava aquela imagem vinha a minha cabeça... Aquele vulto... Aquele maldito vulto... SEMPRE A ME ATORMENTAR... Estava cheio disso tudo... Resolvi dar um fim ao maldito relógio... Peguei um litro de gasolina que estava no carro de minha vó peguei rapidamente uns fósforos na cozinha e me pus a correr... Corria e corria... Agora não sei por que um sorriso se atirava a meu rosto... Um sorriso de medo logo quando vi aquele maldito relógio, parei... Fiquei o observando... Enlouqueci-me... Gritava: NÃO VAI FAZER NADA? OQUE É VOCÊ, POR QUE ESTÁ FAZENDO ISSO? Logo atirei a gasolina risquei um fosforo e pus fogo... Queimava e fazia barulhos de agonia... Eu estava feliz, mas não era uma felicidade qualquer... Era um alivio... Deitei-me na cama... Agora dormira tranquilo... “Em 1973 uma casa foi encontrada queimada e tudo indicava a um incêndio provocado em moveis”